Meu amor, ainda te amo

Por que você foi embora, mesmo eu implorando para você ficar?

Por que deixou essa triste lágrima em meu olhar, quando deveria me provocar sorrisos?

Por que aumentou nossa distância se meu maior desejo sempre foi ser um só corpo contigo?

Por que você nem olhou para trás, como que por um segundo hesitante?

Por que me disse adeus se nasci para ficar ao lado teu?

Ah, meu amor, a dor maior dessa minha vida foi ver você, calmamente se afastando de mim, foi olhar para o chão e nem pegadas mais avistar ali, foi olhar em volta e não ver você a meu lado, e ao mesmo tempo te ver em tudo.

Como foi doloroso aceitar nosso fim, como foi penoso me manter em pé sem tua mão a segurar-me pela cintura. Como foi cruel ouvir de ti que havia acabado, que nada mais nos prendia, que já não eramos mais nós...

Em pensar que sempre te ofereci tanta ternura, tanto amor, tanta calma, tanta compreensão. Em pensar que jamais houve entre nós uma briga, uma discussão.

Injusto esse nosso adeus, não consigo crer que é o fim, como admitir que morreu em ti um amor que ainda vive em mim?

Meu amor, esperarei você a vida inteira, a vida inteira estarei aqui, disposta a curar tuas feridas, te ajudar a superar quimeras. Ah, meu amor, saiba que se para ti foi nosso fim, para mim foi apenas uma pausa em nossa felicidade, para podermos melhor sentir o seu gosto em um recomeçar.

Já não acredito em nossa volta, já não sou ingênua assim, mas meu coração se mantém cativo à tua lembrança, se mantém escravo de tua vontade, se mantém mendigo junto a teus pés, esperando por migalhas que sejam, para que mesmo que você a ele não as ofereça, ele possa alimentar-se com elas...

Eu amo você, muito mais do que posso transcrever em palavras de ser mortal que sou, mas aos poucos vou superando, aos poucos vou sonhando outra vez, contigo, percebia-me caindo em um abismo, e por vontade própria aceitava cair, agora talvez eu esteja sendo o abismo em que um outro coração aos poucos está a sucumbir, seja como for, ao menos ambos somos um para o outro a esperança de como fénix das cinzas ressurgir...

Deise Caroline Nunes
Enviado por Deise Caroline Nunes em 29/05/2007
Reeditado em 10/06/2008
Código do texto: T505900
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