Você
Olá
Sim, depois de algum tempo me dirijo a você. Levou para tomar coragem, e provavelmente você nunca lerá isso.
É a segunda vez que você me larga. As duas doeram muito. Talvez você não saiba o que sinto por você, nunca sentiu o mesmo por mim, e nem mereça isso. Mas está fora do meu controle. A dor é linear e ininterrupta.
Sim, tentar descrever é inútil. Só o faço por ócio. Deixei te dizer muitas coisas que deveriam ser ditas, e a oportunidade para isso passou. Paciência.
Os nossos momentos foram bons, mas nem tanto, podiam ter sido melhores. Será que eu devo me culpar por isso? Não sei. Mas são boas memórias, que viraram machucados, que em algum tempo serão cicatrizes. Que pena.
No momento, minha vida está baseada em desviar a atenção de nós, porque como eu disse, ainda dói. Portanto, não ligue se me ver por aí e eu evitar seu olhar. Desculpe se eu procurei me desligar do mundo. Desculpe, mas lembre: um pouco da culpa é sua.
Daqui um tempo lembrarei de nós como uma boa história passageira, e só espero que você esteja bem. Sim, te quero bem, mas eu espero estar melhor (sempre fui egoísta, lembra?).
Afinal, somos livres. Sempre estivemos. Sempre estaremos. As amarras sociais são um cobertor bem quente ao qual me agarro a noite e me fazem dormir um sono leve e tranquilo, mas não passam de ilusão.
Ainda sim, vou sentir sua falta um bom tempo. O nosso amor quebrado e medíocre pouco perdurou, mas foi suficiente. Fazer o que, eu me apaixono fácil, VOCÊ sabe.
Espero ser a última vez que falo e escrevo sobre isso (e sei que não será), sem mais delongas, colocarei um ponto final aqui.
Do sempre seu