Nunca(s)
Acho incrível todos os "nuncas" que tenho com você. Talvez essa seja a chave para explicar tal confusão que você causa em mim. Eles começaram desde a primeira vez que te vi e se estendem até o final desta história.
Com você desde o primeiro olhar senti algo nunca antes experimentado. Aqueles olhos tão lindos e aquele seu jeito de falar geravam faíscas em mim.
Com você fiz tudo de errado, mas também senti coisas que nunca senti com alguém. E que talvez nunca mais sentirei.
Sinto como se tivéssemos sido feitos aos pares: como cargas elétricas positivas e negativas, pólos magnéticos de um imã o Norte e o Sul, opostos, porém que não existem um sem o outro e que quando se aproximam não tem jeito se atraem! Como um ácido e uma base que sozinhos corroem, mas quando misturados provocam uma reação altamente exotérmica!
Mas tanta eletricidade e tanto magnetismo se perderam nos nuncas desta história que na verdade não possui um final para se escrever, já que eu nunca sei o que é que você sente. Ou talvez tenha, eu que não quero admitir.
Se existir um fim a culpa é toda minha, afinal eu sempre errei. Mas dentro do único "sempre" que existe nesta história há um nunca maior que todos: eu nunca consegui descobrir o que sinto por você. Isto é uma incógnita. E gosto das coisas exatas. E não descobrir solução para este problema me atormenta.
O fato é que das histórias mal resolvidas, você é a única que eu NUNCA vou conseguir resolver.