Constante

Ao porta(dor), com carinho.

Venho por meio desta, informar-lhe sobre a saudade que sinto de nós dois, moreno. Contar-lhe que ando pesquisando maneiras, mais eficientes, de fazer você voltar desse local horrível no qual se encontra.

Meu coração palpita, sempre que penso que seu regresso está próximo, amado!

Sinto falta dos cafés tomados logo pela manhã e das idas ao parque no cair da tarde. Sinto falta dos seus maneirismos ao falar e do perfume que você exalava ao deitar-se sobre a grama. Sinto falta das visitas noturnas e do seu brilho ao luar. Sinto falta de vosso sorriso e do som da sua risada. Sinto falta dos seus lindos olhos castanhos, que, juntamente com a lua, serviam de farol na volta para casa. Sinto falta do seu abraço acolhedor e dos seus beijos apaixonados, que fariam inveja à qualquer Julieta.

Sinto falta de nós dois!

A saudade é algo efêmero, comparado ao meu amor por ti, Pierre.

Do meu amor por nós dois.

Sinto nossa falta!

Volte logo, amado!

Para sempre sua, Aurora.

Paris, 1965

Nadine Borges
Enviado por Nadine Borges em 14/11/2014
Reeditado em 04/01/2016
Código do texto: T5034572
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