Carta Ao Além
Uma carta deve sempre começar com uma saudação, mas não quero saudar-te cordialmente, quero contar-te de minhas dores e me despedir...
Olho as estrelas, sei que estão longe uma das outras, mas eu de tão distante as vejo perto o bastante para se abraçarem, este céu holográfico, céu do passado, humilha minha condição humana, me faz temer que a morte seja o fim, pois se assim o for, não mais o reencontrarei...
Você partiu antes que eu pudesse acreditar na felicidade, antes que pudesse tomar o fôlego depois de um demorado beijo... Foi e deixou a tempestade dentro de meu ser, tempestade que mantenho em contenção, pois lágrimas não o trarão de volta...
Sim, devo apenas esperar a minha hora de partir, e quando te reencontrar o que direi?
Direi que te amar sempre foi solitário, que te amar foi sempre sentir saudade, foi sonhar com o impossível, foi compreender e perdoar; te amar foi tentar ser feliz em um quarto escuro e frio, foi não ter amigos e declamar minhas poesias ao espíritos solidários que me faziam companhia nas noites em que chorei, sim, muito chorei, para ter forças para sorrir pra ti...
Mas, antes uma vida cheia de pequenas lembranças, que viver sem nada.
Hoje, talvez, conheças meu coração, talvez sinta-se em divida, mas eu te libero caso assim sinta, e quando renascer em novo corpo busque pela companhia que desejou na hora da morte, busque o leito que ansiou na hora da dor, esqueça meu coração e não tente entregar-me o teu, muitos amores esperam por ti...Já eu, nasci para minha poesia, e meus amores inventados, pois foi contigo que aprendi a deleitar-me no silêncio e a encontrar Deus na solidão, se tua missão foi ensinar-me amar com resignação, cumpristes teu papel...
Quando eu renascer quero vir na forma um pássaro, um beija - flor, beijar todas as flores que eu puder sem as ferir, acho que só sendo beija - flor, podemos ter muitos amores sem fazer sofrer.
Não me revolto com a morte, tão pouco com a vida, tudo está como deve ser...Todos iremos um dia morrer, e eu, como tu, deixarei o corpo e alçarei voo para o infinito, mas quando te encontrar quero retribuir o seu aperto de mão e me despedi, prometer que não mais surgirei em tua vida e serei pedra no sapato de teus amores...
Quando chegar minha hora, quero voar, ver se encontro quem me procura, quem irá querer uma vida inteira ao meu lado, que não se dividirá em dois, pois dividido já é e eu sou sua outra parte, alguém que poderei segurar a alça do caixão, que estarei até o fim ao seu lado, alguém que não me deixará duvidas de herança.
Depois que morrer; se tiver que renascer, quero estar com quem não me esconderá do mundo, alguém que não me fará parte de um ato criminoso e obscuro, mas acredite, amor desta minha vida, que toda vez que o sol nascer e um pássaro cantar me lembrarei de um amor que me amou sem poder me amar!
Uma carta deve sempre começar com uma saudação, mas não quero saudar-te cordialmente, quero contar-te de minhas dores e me despedir...
Olho as estrelas, sei que estão longe uma das outras, mas eu de tão distante as vejo perto o bastante para se abraçarem, este céu holográfico, céu do passado, humilha minha condição humana, me faz temer que a morte seja o fim, pois se assim o for, não mais o reencontrarei...
Você partiu antes que eu pudesse acreditar na felicidade, antes que pudesse tomar o fôlego depois de um demorado beijo... Foi e deixou a tempestade dentro de meu ser, tempestade que mantenho em contenção, pois lágrimas não o trarão de volta...
Sim, devo apenas esperar a minha hora de partir, e quando te reencontrar o que direi?
Direi que te amar sempre foi solitário, que te amar foi sempre sentir saudade, foi sonhar com o impossível, foi compreender e perdoar; te amar foi tentar ser feliz em um quarto escuro e frio, foi não ter amigos e declamar minhas poesias ao espíritos solidários que me faziam companhia nas noites em que chorei, sim, muito chorei, para ter forças para sorrir pra ti...
Mas, antes uma vida cheia de pequenas lembranças, que viver sem nada.
Hoje, talvez, conheças meu coração, talvez sinta-se em divida, mas eu te libero caso assim sinta, e quando renascer em novo corpo busque pela companhia que desejou na hora da morte, busque o leito que ansiou na hora da dor, esqueça meu coração e não tente entregar-me o teu, muitos amores esperam por ti...Já eu, nasci para minha poesia, e meus amores inventados, pois foi contigo que aprendi a deleitar-me no silêncio e a encontrar Deus na solidão, se tua missão foi ensinar-me amar com resignação, cumpristes teu papel...
Quando eu renascer quero vir na forma um pássaro, um beija - flor, beijar todas as flores que eu puder sem as ferir, acho que só sendo beija - flor, podemos ter muitos amores sem fazer sofrer.
Não me revolto com a morte, tão pouco com a vida, tudo está como deve ser...Todos iremos um dia morrer, e eu, como tu, deixarei o corpo e alçarei voo para o infinito, mas quando te encontrar quero retribuir o seu aperto de mão e me despedi, prometer que não mais surgirei em tua vida e serei pedra no sapato de teus amores...
Quando chegar minha hora, quero voar, ver se encontro quem me procura, quem irá querer uma vida inteira ao meu lado, que não se dividirá em dois, pois dividido já é e eu sou sua outra parte, alguém que poderei segurar a alça do caixão, que estarei até o fim ao seu lado, alguém que não me deixará duvidas de herança.
Depois que morrer; se tiver que renascer, quero estar com quem não me esconderá do mundo, alguém que não me fará parte de um ato criminoso e obscuro, mas acredite, amor desta minha vida, que toda vez que o sol nascer e um pássaro cantar me lembrarei de um amor que me amou sem poder me amar!