DOCE AMADA

Ah suave sorriso! E o brilho primaveril dos teus olhos. Teu encanto transcende espaço e tempo, e em mim faz-se acender a luz da alma. Eternamente preso a você, sinto o ardor em meu peito. Em um lúgubre sentimento chego a indagar-me se sou um monstro, mas como seria EU tal aberração? Se os meus sentimentos são puros, quase imaturos. E perdido em conjecturas abstratas, eis que surge a imagem nínfica de minha doce amada. Sinto um frêmito de amor e prazer, só de imaginar em tocá-la e senti-la em meus braços; sentir a fragrância de seu perfume, a maciez aveludada de sua pele e o doce e desejado sabor de sua boca. Ahh!!! Minha doce amada, como queria olhar-te nos olhos e proferir o que sinto, mas em angústia me consumo pelo horrível medo que tenho. Medo de parecer ridículo diante de uma sociedade hipócrita e falsamente moralista. Inexoravelmente, sinto o desejo me consumindo e a vontade de inebriar-me com seu beijo é cada vez mais forte; me consome de forma voraz o espírito, mas contudo, o relógio do destino não me é favorável. Não enxergo formas ou maneira de tê-la ao meu lado, então Eu, inerte à minha vontade, caminho pelos verdes campos de minha mente e, acariciando a lanugem de meu fruto, esperarei por Ti. Minha doce amada.