O amor do poeta.

Nenhum poeta é alegre. Apenas escondem suas tristezas e profunda solidão pelos cantos do mundo, parem as dores do mundo.

Encantam os poetas ao mundo com seus versos, suas letras, suas poesias. Mal sabem os homens o quanto lhes custa ser oque são, pensar como pensam, viver como vivem. Choram, em silêncio as dores do mundo e ainda sorri, acalenta e encanta.

Escrever é a condenação que lhes cabe, as dores e as lágrimas dos párias, dos loucos, dos amantes. Suplantam as dores que sentem, do amor desfeito, perdido, nunca encontrado. O poeta é antes de tudo um ser solitário e sem par, que se veste de versos e sorrisos para encantar e esconder a dor que de sua alma se derrama; que floreia uma vida feliz, quando a sua se esvai em versos apaixonados pela amada que, distante lhe arranca do peito a alma. Mas o poeta ama. Intrinsicamente ama o poeta todas as almas, todos os seres. Ama todo o amor que por lágrimas se derrama, em um sorriso de silêncio. Ama o poeta quem ama, e se entrega e se derrama. Ama o poeta o amor dos amantes, dos sonhadores; ama o poeta a vida que em seus versos se dilui em lágrimas vazias.

JAlmeida
Enviado por JAlmeida em 09/10/2014
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