Desculpe, mãe.
Mãe, hoje eu ouvi sua voz ao acordar. Ouvi você me chamando para tomar o café, com o pão de forma cortado em quatro. Ouvi você resmungar dos meus copos espalhados pela casa, de como eu falo alto e do meu rádio ligado no volume máximo.
Mas quando fui te encontrar, eu acordei. E lembrei de um tempo que não volta mais.
Desculpe mãe, por tanto tempo longe. Desculpe por ir embora, por me afastar. Acredite, foi melhor assim....
Mas mãe, não há um dia, que não me lembre de você. Quero que saiba, que meu amor por você é imenso e que eu lhe aceito com és. Desculpe não estar perto para dizer isso, mas o rumo que quero seguir, só seria possível se o laço rompesse e o cordão umbilical, definitivamente fosse cortado.
Obrigada mãe, pelo primeiro banho de chuva da minha vida. De patinar comigo, de me ensinar a lidar com as flores, a mudança e com a vida.
Obrigada pelas cantigas no violão, pelo som da Janis Joplin e de me mostrar o lado bom de nossas vidas.
As lágrimas agora mãe, são de uma dor, que seu beijo não pode sarar. Seu sopro, não pode mandar para longe a saudade que sinto.
Obrigada por tudo mãezinha, mãezona, mas primeiro, obrigada por nascer, pela vida, por crescer.
Eu te amo mãe, mesmo longe e cada vez mais distante.
Obrigada e me desculpe.