Carta para um amor que (não) se foi...
Queria deixar de rimar amor com dor, seria mais alegre rimar com cor, que me lembra do teu riso, que me lembra... (ardor)
Arder em febre por ouvir tua voz acesa, mas isso é chicle, poesia barata de um amor que é de graça. E seu amor sempre me custou caro, um amor raro, amor que paguei lágrima, paguei dor...
Tudo seria tão diferente se você soubesse ceder, se tivesse ouvido os meus sentidos, as minhas intuições assertivas, as minhas súplicas, se tivesse dado importância a minha vida.
Renegou as emoções que diziam do sol, renegou aquele canto de sonhos que era tão meu/teu, as quatro primaveras que passamos cor, pela vadiagem das promíscuas letras que tentavam separar a nossa rima.
Talvez ela tenha te afastado (fisicamente), mas sei que o teu olhar ainda me procura naquele céu de estrelas que tanto olhamos juntos. Pode ser uma poesia barata, de um caro amor, pode ser... Que paguei saudade, mas que sei lá... Passou. Eu aprendi a viver, a conviver com a lua distante, aprendi a desistir e não mais insistir em uma quimera faltante, aprendi a ser...
Ai vem você e me diz tudo de novo e o chão se abala (como abala o coração). E você tem a convicta certeza que o amor não foi em vão... Não, não foi... Pior que não...