A favor do Brasil

Carta aberta ao eleitor que pensa a favor do Brasil:

Confesso que me sinto constrangido em expressar aqui opiniões políticas pessoais, por ter já me desiludido com políticos nos quais votei e porque entendo que elas podem se amparar mais na emoção do que na razão, podendo refletir mais interesses pessoais emocionais e subjetivos (carregadas que podem estar das teorias e preconceitos do emitente) do que racionais e objetivas. Portanto, desculpem-me este desabafo os que defendem opinião divergente da minha. Não dá, porém, para ficar calado diante da evidente situação de descalabro moral a que o PT trouxe o país. A economia é conduzida autocraticamente por uma presidente autoritária, através de ingerência politica nos diversos setores da economia, atestada pelas intervenções desastradas na condução da política de juros, pela perseguição politica aos críticos econômicos, pela contabilidade criativa para esconder dados econômicos adversos e pela quebra de cláusulas contratuais. A corrupção mais deslavada foi praticada na relação entre os poderes executivo e legislativo, fruto do aparelhamento do estado pelo partido, cujo exemplo mais vistoso se mostra agora na revelação de como funcionários e políticos da base aliada do governo se apossaram dos cofres da Petrobrás. Há, ainda, uma sensação de impunidade geral gerada pelo desprezo que os apaniguados do poder de sempre (Sarney, Renan, Maluf, Lobão, Henrique Alves) lançam ao povo e aos anseios de decência moral expressos pelas manifestações históricas de junho de 2013.

Diante de tal situação só posso torcer para que alguém como Marina Silva, uma politica decente com uma biografia impecável, possa trazer um pouco de ar fresco aos ares empesteados de Brasilia.

Não é coincidência que Marina tenha seus votos no extrato mais escolarizado e esclarecido da região sudeste do país (principalmente São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro ), que sabe exatamente o que está ocorrendo no país.

É verdade que Marina é uma incógnita e um risco. Mas é a opção moral que sobrou porque, infelizmente, a outra opção, a por Aécio Neves, do partido (PSDB) ao qual nos últimos anos tenho dado meus votos, se evaporou pela perda de confiança que o candidato me inspirou por dois fatos a ele relacionados. Flagrado um dia no trânsito do Rio de Janeiro supostamente embriagado, recusou-se a fazer o teste do bafômetro. E construiu um aeroporto na fazenda de um tio com erário público. São atitudes que não combinam com o discurso de ética que cobra dos políticos, quando ele próprio não se pauta por ela.

Em tempo: trava-se na campanha eleitoral uma verdadeira luta de David e Golias. Marina, com sua figura frágil, quase messiânica, contra toda a máquina de triturar do governo petista de Dilma, que se vale de mentiras e golpes baixos para se manter no poder.

Parece mesmo a luta do Bem contra o Mal. Quem vencerá?

Nunca uma decisão deste tipo esteve colocada tão claramente na mão do povo brasileiro. Mais precisamente, no dedo indicador do eleitor que vai teclar alguns números no dia 05/10/2014.

Boa sorte, eleitor (para você e para o Brasil).

Paulo

(Preciso dizer que, por minha posição cética em relação às crenças, tenho minhas restrições pessoais com respeito às convicções religiosas de Marina, que é evangélica. Mas creio que este é um mal menor e revela pelo menos sinceridade por parte dela, o que não ocorre com uma presidente de convicções ambíguas que vai ao Templo de Salomão apenas por interesse eleitoreiro.)

Paulo Tadao Nagata
Enviado por Paulo Tadao Nagata em 18/09/2014
Reeditado em 22/09/2014
Código do texto: T4966386
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