Atitude ousada
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Escrevo para um anjo do estado comum das revelações silenciosas e invisíveis. Alguém que ainda me faz bem, depois de tantos anos afins.
Era madrugada quando você me trouxe todos os sonhos perceptivos
jamais sonhados.
Desde então é a sua essência que reina meu mundo.
Quando me encontraste, foi o teu sorriso que brilhou meus olhos de esperança. Você segurou minha mão e disse para te seguir. Não pude olhar nos teus olhos, você não tinha tempo para criar raízes.
Você era veloz como o vento e com o pensamento moldava todos os meus sentidos. Seu olhar era apenas de um anjo que queria me dar o melhor momento.
Silenciosamente, plantaste uma semente em meu coração e sem minha permissão é irrestrito navegar de emoções.
Ainda lembro do passeio na chuva e da sua busca para me aquecer.
Como poderei esquecer.:
Todas as chances que te dei e você jogou ao vento!!!
Saiu da minha presença e nem pediu licença!!!
Você sempre foi...um convite à liberdade!!!
Impossível esquecer as águas que naveguei ao teu lado. Quando me afoguei e todas as vezes que você me salvou.
Sim, será que foi um sonho? Mas, eu nem percebi o quanto transformou a minha vida afetiva, pessoal e emocional.
Era quase primavera quando você anunciou o nosso encontro e foi exatamente um ciclo depois, que você despertou uma vida inteira adormecida, e antes restrita imaginação.
Sem regras, foi sucesso todos os meus pensamentos no controle do seu destino.
Não sei se foi paixão ou pura emoção, mas eu te amei como se ama uma só vez na vida e eu te esperei no final da primavera seguinte. Estava combinado a grande recepção para a nossa união.
Foi no instante que eu já te esperava para recepcionar sua ilustre pessoa, que você me disse adeus !
Digo: você mandou um recado e sem antes conhecer o infinito que Deus havia preparado para nós.
Sei que você foi julgado por quem ansiava adentrar o teu universo. Não fui que te acusei e nem te coloquei em frente ao tribunal.
O estágio foi profundo e separado do tempo e espaço.
Trago ainda teu influente contato retratado no brilho dos meus olhos.
Nem por um instante foi imaginário o teu toque no ponto de acesso à vida que se fez amor lentamente, até deixar de ser metade e findar-se inteiro, íntegro e impressionante sonho de esperança.
Das provações e das tuas iniciativas não tenho como esquecer!
Tu sempre transformava momentos simples em mágicas reflexões.
Tua atitude coerente e sensata, para agradar aos teus anseios é marca registrada em cada caminho que traça o meu horizonte.
Hoje vim aqui para agradecer aquele “diamante” que você me deu.
Sim! Está intacto no meu ser a lembrança viva da “ternura” que virou sentimento em silêncio; sem deixar o ressentimento ser expectativa.
Permiti também, nesse dia fazer um pacto com o destino, em homenagem àquela ternura que foi germinada em meu ser; como abertura para a conquista de uma rara felicidade, até então desconhecida.
É sagrado na memória o murmúrio do vento, a água cintilante da chuva e, especialmente tudo que tem relação com o ar, que baila no espaço.
Simples assim, agora essa pena é um poema que vibra de nostalgia.
Carta escrita pela causa e efeito de um dia traçado e escrito nas estrelas.
Lembranças dentro de mim.
Carta escrita hoje e condicionada em sonho.
Foram incontáveis lições até aqui.
Como um milagre do por-do-sol, posso assim dizer: o amor é quando sinto que não preciso estar perto para ser feliz, basta estar junto na mesma sintonia e recebendo a energia e a paz em Deus.
Aplausos à virtude que te foi dada e a sua atitude ousada:
em 16 de Setembro de 2006.
Com carinho.