Carta ao amor
Tenho pensado muito em você nesses últimos dias, e tenho chegado à conclusão que só eu consigo te fazer feliz. Eu nunca fui de me doar a alguém assim, sem querer nada em troca ou querer do meu lado. É obvio que você estando aqui do meu lado seria perfeito, mas, confesso que isso já não se faz tão necessário.
Os anos passaram e vejamos nós aqui de novo, entrando em contato, nos ouvindo um ao outro novamente. Incrível como parece que o tempo não passou para nós, e mesmo com a vontade que tenho de estar eu ao seu lado, e me sinto bem mesmo a distância.
Quando você me liga, eu sinto no seu respirar a vontade de me contar tanta coisa, mas, que um medo chamado “vergonha” faz com que você se cale. Mas, não se preocupe eu sei cada palavra que tu queres me dizer, eu somente preciso ouvi-las para me dar mais coragem para seguir em frente.
Na vida nunca me imaginei sozinho, sempre quis tentar construir algo a dois. E lá no fundo, eu sei que nunca vou conseguir sozinho realmente. Eu preciso de alguém que me limite, que me dê parâmetros de onde devo começar e onde devo finalizar. Que busque me apoiar, nem que seja apenas em palavras, e que ao final de um dia cansativo eu chegue em casa, e tenha meu “porto seguro”.
Talvez a gente nunca passe dessas conversas a dois, que a qualquer momento apareça alguém diferente em nossas vidas, e faça com que deixamos essas “confissões” de lado. Mas eu quero lutar pra transformar tudo isso em realidade, quero testemunhar no futuro nossa felicidade, e poder dizer sem medo de estar errado, enfim, que eu faço parte da sua história como você faz parte da minha.
De oportunidade a você mesma de ser feliz, eu sei que nunca fui o homem idealizado por ninguém, mas, eu tenho certeza que posso me dar ao luxo de lutar como a maioria não tem coragem. Eu me humilho, eu erro, eu corro atrás, não tenho vergonha de dizer que gosto nem tão pouco o que quero.
Eu quero ser feliz, e você o que quer ser????
Felippe Oleias Vieira de Sousa, Mirante da Serra - RO. 15 de setembro de 2014