Outra carta de Dorotéia para Leonidas

Caro Leonidas,

Permita-me contar-lhe como és perante seu público.

As cortinas abrem e seu nome é anunciado.

O senhor entra com ar de desconforto . E então , como uma lagarta que virou borboleta, começas a falar.

Santos pulmões os seus,que mesmo jorrando-nos palavras e ainda não lhe falta ar.

Tais versos que saem da sua boca com tanta gana que poderia comparar-te a um leão .

Sim,um leão , o rei das selvas , o mais bravo e feroz caçando nossa atenção por horas. Sem mencionar sua voz, um rugido do soberano das matas.

Não tenha medo de se prejudicar com seu discurso. Lembre-se que a verdade sempre vence.

Em fim acaba como se já gastasse inteiro seu vocabulário. Um segundo todos ficam em silêncio. E no segundo seguinte todos aplaudem em pé com entusiasmo .

Então o grande momento chega e você sorri. Que sorriso maravilhoso, que torna o mais triste dia de inverno em um dia magnífico de primavera.

Quem vos fala é só sua amiga, que te respeita muito. E que desejaria ser muito mais que sua amiga...

Dorotéia

Natália Faraldo
Enviado por Natália Faraldo em 08/09/2014
Reeditado em 08/09/2014
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