Quanto tempo pela sua falta

Como tenho andado indiferente a vida, indiferente a sua ida

Imagino meus sonhos como se de outrem, talvez pela falta de mim;

Ou pelo fato de sentir tanto a sua ausência que me falta um pedaço, me falta o ar e eu nem sei mais se algum dia aprendi a respirar

Fecho meus olhos e vejo como não consigo ver de olhos abertos, vejo meu sorriso, meus lábios grossos, formato pequeno da minha boca, me vejo num brilho de olhar que não é meu... nunca pôde ser!

Eu nunca entendi o por que da sua volta e depois de um tempo fui ensinada a não questionar, apenas ouvir e sentir a solidão que ficou comigo.

Ficou tão distante a imagem de nós dois, felizes... E a única que me recordo todas as vezes que deixo as memórias se consumarem em mim, é de você não dizendo nada... simplesmente deixando de ser você!

E acabou seus sorrisos, suas palavras, seus telefonemas, suas mensagens...

E quanto tempo pela sua falta, quanto tempo pelas mesmas ruas, pela mesma lua brilhando no céu.

E o tempo continuou passando, e eu continuei caminhando mesmo sem saber, sem se quer perceber.

Vi meus sonhos moldados e refeitos sem incluir você, vi no calendário passar o dia dos namorados e até pensei em ligar, mas não iria a lugar nenhum, vi a data do seu aniversário e imaginei você mais uma vez solitário, sozinho e com medo do que poderia acontecer se...

Daqui a um tempo as coisas podem mudar, eu não estarei mais onde estou e nem você... Continuamos caminhando, a diferença é que aprendi a caminhar sem procurar por suas mãos.

Nathalya

Nathalya Etchebehere
Enviado por Nathalya Etchebehere em 02/09/2014
Código do texto: T4947205
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