A carta que ela não leu
Eu te esperei todos os dias, as horas ficaram intermináveis, os minutos longos. Segundos quase a me sufocar. Sequei por diversas vezes uma lágrima que teimava em cair. Teve momento que não me contive... Chorei! No silêncio que foi tua ausência chamei-te em pensamento. Porém estavas tão envolta em tuas preocupações que mesmo ecoando no espaço meu chamado não se fez ouvir. Não me envergonho em dizer: chorei um pranto de desespero... Eu precisava de você, mas não estavas lá. Fui aos poucos aquietando o meu coração. Olhava fixamente para o vazio na ilusão de ver-te chegar e dizer que tua ausência não passou de um engano e que nossos sonhos iriam realizar-se. Indefinido foi o teu sentimento e mesmo assim eu acreditei num sentir, mas que agora percebi que só em meu peito fazia morada. Não vou sepultar-te jamais! Pois nas lembranças ao relembrar eu consigo todo dia renascer e viver o amor na forma ampla de amar. Coração é grato por tudo o que vivemos e por aquilo que não ousamos realizar. Pra você eu envio paz embora não creio que haja serenidade em teu pensar. Por onde andares lembre que aqui você teve amor... A você eu deixo o meu carinho... Pra um dia quando você acordar de suas ilusões possa calmamente amar... Na intensidade em que eu te amei ou bem mais...