Adeus
Não sei bem por onde começar, há muito que não escrevo.
Acho que devo começar por aquela breve distância entre o tudo e o nada, que muitas vezes é percorrida em menos de um segundo, segundo esse onde tudo o que você tem pode ser reduzido ao pó, segundo onde tudo o que preza, tudo o que ama tornam-se cinzas, tornam-se um nada.
Queria poder dizer que ainda não cheguei a este breve segundo, mas, infelizmente, não o posso dizer.
Lembro-me como se tivesse acabado de acontecer, um dia que começara maravilhoso, da mesma maneira de sempre, com um bom dia mais que especial vindo da pessoa que amo, um beijo, um lindo texto, a renovação da promessa de que tudo aquilo seria para sempre, mas não sabíamos o que o nosso velho amigo, o destino, nos preparava para aquele dia.
Levantei-me, com o nosso típico amanhecer, juntos e sorrindo, afinal tínhamos um ao outro, não havia motivos para infelicidade. Tomamos café, e partimos, cada qual para seus afazeres.
E foi aí que tudo começou...
O dia ensolarado logo tornou-se cinzento, sem vida, um golpe certeiro do destino separou-nos, aparentemente, para sempre. A nossa promessa do para sempre era quebrada naquele momento e nunca mais olhamos um nos olhos do outro.
Tudo acabara, o tudo reduzido a meras lembranças, meros momentos passados que jamais voltariam.
Uma história. Um amor. Dois jovens. O destino. Uma morte. o Fim. Tudo reduzido a um eterno ADEUS!