Carta a um Leitor-

Meu caro e prezado leitor.

Prezo os recados e admoestações,como sua preocupação comigo,pessoa que o senhor considera,por poetiza que sou,que vivo em um mundo da lua e não me importo com as vicissitudes da vida cotidiana tais como a drogadição,a miséria,o analfabetismo,a fome,ou a violência que surge nos assaltos,homicídios e latrocínios ou,mesmo,a impunidade bem como a escassez de políticos idôneos no país,os problemas da imigração,a falta de hospitais,escolas e asilos pelo nosso Brasil afora.

O senhor me colocou em uma posição muito difícil e desagradável com seus pensamentos a meu respeito,ou seja,de que eu,sendo poeta e escritora,não atentaria para tais fatos.

Saiba,meu leitor,que atento e muito, e muito trabalhei e me debati em meio a estes problemas tendo inclusive,atendido a mais de cinco mil operários ou trabalhando em vilas pelos arredores da cidade no exercício da Medicina,ciência humanitária, a qual me dediquei ao largar a vida social em Porto Alegre,Rio Grande do Sul.

Posteriormente, vim a me devotar à poesia,e a uso para fazer o bem e curar as feridas ,mágoas ou desamores de meus leitores,como todo poeta o faz.

Portanto,peço que reconsidere sua opinião a meu respeito quando o Sr,meu prezado leitor,me trata,injustamente,como a uma mulher fútil e avoada,insensível aos sérios problemas brasileiros,problemas do nosso Brasil,nosso grande ,rico e generoso país e nosso amável ,doce e delicado povo brasileiro.

E,doravante sugiro lhe,enxergue os poetas não como seres que vivem no mundo da lua,mas como sensíveis pessoas,voltadas a derramar suas emoções em versos encantados,para aliviar as dores e os maus tratos de nossa gente brasileira.

Contando com sua compreensão e esperando,em versos e poesia o encontrar novamente,já com suas ideias e opiniões a respeito dos nossos poetas modificadas,subscrevo me atenciosamente:

Suzana Cunha Heemann-médica,poeta.

Porto Alegre,Rio Grande do Sul,15 de Julho de 2014.