correspondência poética com Tanísia Célia

Bill, não consegui postar em sua página, então segue na minha linha do tempo o presente que me deu, que agora faço presente pra você! Bjos

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Quando florescerem os ipês, você vai lembrar de mim.

Vai saber que ainda estou aqui,

que a Natureza é maior que nós e nos inclui.

Perceberá o círculo nas estações que passam...

Terá a impressão de sentir, mas, cara ciência,

sentir é para os sem razão!

Quando os ipês florescem uma nesga de luz e cor cobre o cerrado. E por magia, capricho, milagre ou, não sei dizer, uma esperança de primavera aponta o tempo que nos resta de bonança e fartura.

Tudo ainda seca e arde no morrer do inverno. E lá somos a eternidade. Não tenho dúvida, mas dura a beleza mais que um dia se o Belo está onde não queremos Ser?

: onde perdemos;

: onde doamos;

: onde aceitamos;

: onde intervimos;

: onde morremos.

A eternidade é a nossa grande ambição, justa e.

Quando os ipês florirem lá estarei eu, fazendo você não esquecer que vale a pena. Mais outra ainda, uma vez.

De Antonio Baltazar Gonçalves

Presente para Tanísia

14 de julho de 2007

Baltazar Gonçalves
Enviado por Baltazar Gonçalves em 14/07/2014
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