A solidão da noite

Envolta em meu sofrimento,

Choro lágrimas amargas.

Tristeza, dor, solidão.

Isso é o que sinto.

Eu sou a noite.

Sem nuvem,

Sem estrela,

Sem lua.

O mais belo véu,

Do azul mais escuro,

Estende-se sobre o céu.

Mas de que adianta, se só há escuridão?

Não existe beleza, muito menos vida.

Somente eu, nua e vazia.

Completamente desanuviada.

Sim, nem mesmo as indesejáveis nuvens querem minha companhia.

Isso é o que me resta.

Escuridão total.

Solidão.

Frieza.

Medo.

Já não aguento mais tantas noites assim!

Somente eu e meu pranto.

Não consigo dormir!

Fecho os olhos e relembro o balé das estrelas.

Quão harmônico e perfeito era!

Enfeitando-me e alegrando-me a cada noite.

E eu não enxergava isso.

Sentia-me muitas vezes incomodada por seu brilho e alegria.

Fui orgulhosa, altiva, soberba.

Confesso que errei.

Estou me redimindo.

Não sou mais a mesma.

Muito tempo já se passou.

Oh estrelas, não sabem a saudade que sinto de vocês!

Percebi que não sou nada sem tê-las ao meu lado.

Por favor, aceitem meu pedido de clamor arrependido.

Querida lua, rainha da noite,

Permita-me disfrutar novamente da tua esplendorosa companhia.

Afasta de mim esse pesar

E devolve-me a alegria.

A Pequena Poetisa
Enviado por A Pequena Poetisa em 03/06/2014
Código do texto: T4830341
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