A respeito dessa minha tristeza...
Minha missão está chegando ao fim, naquele momento de resignada transformação. O compasso do meu coração mais lento é como um mimo, um consolo de Deus para mostrar que ainda há calmaria em meio à tempestade. A guerra é cinza, mas o cinza dos dias chuvosos torna-se amarelo. Se os arco-íris fossem mais frequentes, focaríamos menos nos problemas.
O que mesmo as pessoas estão procurando? A procura é desoladora e carrega sempre culpados para confortar a mediocridade e egoísmo dos que não conseguem visualizar senão a própria realidade. Quantas realidades existem? Não importa: Todas existem! E até mesmo os delírios e os sonhos são reais.
Na ponta dos pés, vou me esvaindo de volta para a essência, bem dentro de mim, numa sutil alegria de ter enfim, tranquilidade. Vejo que estão se digladiando, e embora escolha nem assistir ao triste espetáculo dos 'evoluídos' humanos, acabo me consumindo num grito silencioso que implora um pouco mais de amor.
Vou caminhando em meio aos bombardeios constantes, mas aos poucos, muito humildemente, vou encontrando buracos, e neles despejo sementes, carinhosamente, para que possam frutificar, reunir conversas e abrandar o calor com suas sombras.