Ser Tua Mãe...

As lágrimas brotam em meus olhos.

Lembro-me de todas as vezes que fui “o pai”

Percebo, por mais contraditório que pareça...

Na maioria das vezes, foi o que fui....

Acho que era culpa.

Em todas essas vezes...

Estava querendo compensar a figura firme.

E até mesmo radical de um pai.

Naquele agosto Deus me deu um Presente..

Ele ouviu as preces que não tive coragem de fazer...

Sentia-me com medo de pedir...

E se Deus “se ofendesse” diante daquilo que eu desejava...

Saúde, física e mental...perfeição....e até mesmo beleza....

Sim, quando te imaginava, o fazia com cabelos lisinhos

Olhos grandes, a pele alva de teu pai....

Então, pedia a Deus Perdão!

Pela arrogância, pelo preconceito!

Literalmente prEconcEito, porque era realmente PRÉ e

Colocava-Me diante de meus verdadeiros Conceitos, de beleza por exemplo...

E vinha a vergonha e o medo....

Pela resposta que o Universo...Que Deus me daria...

E você veio, lindamente perfeito, perfeitamente lindo.

Uma beleza que a face do Amor emoldura....

E que só Eu vejo...só Eu...esta uma arrogância onde o perdão se perde.

Hoje...

Amor, tolerância, perdão e afeto...

Se entrelaçam com firmeza, convicção, decisão e responsabilidade.

Aquela mesma, que tinham meus pais,

Quando aplicavam o corretivo,

Os castigos, as broncas, tão dolorosas...

E ao final peço a Deus sabedoria...

Para ter a firmeza necessária...

O afeto primordial...

E desta forma, dizer sim quando possível e não quando necessário...

Como sabiamente aconselha Tania Zaguri...

E ainda

Afagar teus cabelos,

Abraçar-te,

Cobrar-te...

Orientar-te.

Peço enfim, integridade para ser Tua Mãe.

Discernimento para ser Teu Pai....

E assim não lacrimejar, toda vez que recordo ou vislumbro esta responsabilidade.

Valeria Trindade
Enviado por Valeria Trindade em 09/05/2007
Reeditado em 09/05/2007
Código do texto: T480520