Carta para Adiges – Parte 2

Lamento que não aches graça na ótica do mundo

E tenhas sentimentos de unicidade e isolamento

Pessoas únicas são assim, brilhantes, mas isoladas

Como um diamante que conhece todos os minerais

Porém habita nas profundezas do centro deste mundo

E por ser uma joia rara de nascimento

Produz e refrata luz para todo o reino mineral inanimado

Mas espera reverência dos metais menos nobres

E por não tê-la, tenta inibir sua luminescência

Escurecendo mundos mais distantes e frios

Há códigos herméticos neste texto, decifre-os

Assim verás as chaves que abrem portas em ti

Portas que nem notaras ao redor, que impedem passagens

Elas dão acesso ao interior de si

Depois da porta há uma grande escadaria

Elas levam aos teus porões empoeirados e sem luz

Entre, acenda a lareira, abra janelas e cortinas

O espetáculo na superfície começa agora

Sente-se confortável, e aceite uma taça de vinho

Charles Silva

CharlesSilva
Enviado por CharlesSilva em 13/05/2014
Código do texto: T4805150
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