fragmento de um conto... de uma carta...
06/05/2007 - 23:43
Perdeu-se em meio ao seu sono... Contudo há tantos monstros ainda, e nada que se possa fazer.
Era sim o fim de seu doce desejo. Talvez se houvesse algo que me fizesse acreditar em sua
mudança, e ainda eu pudesse dizer que eu, cansada de digerir utopia, ainda, vi sua mudança. E
seria então minha mentira, aquela minha verdade omitida? Seria então entregue aos meus pecados?
E hoje eu sei o que é estar errada. Eu sei o que é pecado, e ainda sei o que é sofrer de amor.
E em meus braços apenas o vazio dos seus braços, e vivendo em lembranças, apenas a demasiada
fantasia. Um começo a fantasiar, destruído sem ao menos fechar meus olhos. Há tantos monstros
ainda, que mal fechastes os teus também, e enquanto me beija, brinca de faz-de-conta, agarra
teus outros sonhos, e outras princesas. E todo aquele alarde, aquele alvoroço, eu já posso ver
o silêncio que quase me toca sem nem você perceber. E se faz presente toda vez que me vejo
perdida em meio aos seus olhos. Eu já sei o que seria errado, sei até o que poderia fazer o
certo, se não fosse tantos sonhos. E ainda se perde de si mesmo, todos os teus meios eloqüentes,
até mesmo estes se vão contra ti, é apenas o fim da farsa de bruxas, monstros e ogros maus. É
apenas o fim de um beijo, que jamais aconteceu, esse amor.
tath