Meu malvado coração bom

Já caminhava com menos entusiasmo pela vida, o encanto e o vislumbrar tinham um toque comum, sinceramente não me incomodava tal normalidade. Chega uma hora que você cansa um pouco de tudo e quer mesmo uma vida simples e assim...bem comum.

Mas, ele apareceu...sim, não houve qualquer comemoração interior, nem frio na barriga, nem nada dessas frescurites amorosas... quando se perde um grande amor, nosso coração blinda fácil, mesmo que você não queira.

Veio de águas profundas e muitas navegações, ele entende de sereias e seduziu devagar, contrariou as regras, me fez sorrir e tudo mais que por um tempinho não fazia. ..caminhamos por entre pedras a beira mar...e aos poucos a armadura foi se tornando frágil. ..bem mais frágil.

Ele tem cavalo branco e surgiu no litoral, ganhou versinho meu e não há quem faça igual...tem nome de quatro letras, é doce e genial...sim eu tô falando do...

E se a rima prosseguisse teríamos algo bem bacana...

O coração nos engana e nos faz pensar no fim da linha, quando na verdade deixamos uma para trilhar muitas outras e porquê eu não me lembrei do Cazuza? Aff...estava ocupada tentando tirar ele do meu pensamento. ..mas o cantor em questão tinha razão. ...o tempo não pára e o trouxe pra mim... me fez voltar a suspirar.

Menina dos Damascos
Enviado por Menina dos Damascos em 20/04/2014
Reeditado em 20/04/2014
Código do texto: T4775731
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