Um Mar Dela

Sobre as coisas que não vou conseguir consertar, inclusive este texto. Teria esperado mais pra dizer não, talvez não dissesse já que, sei agora, era extremamente desnecessário. Não acolhi olhares, retribui abraços sinceros e nem a beijos involuntários. Mas são seus ares de anjos que ainda me tomam como um perfume bom na memória. Se já mataste um pássaro, sabes do eu digo. Não se concerta o ato e muito menos a forma original do bem no coração. Eu não soube, e isso dói, amparar-te, ouvir-te, esperar-te como o prometido, ou simplesmente deixar que me tivesse realmente, ao menos por um minuto. Eu não sei, mas devia falar, pelo coração, que de agora e pra sempre vou guardar o que resta de ti em mim, como levo nos olhos, a primeira gota que vai começar um mar.

Ilho
Enviado por Ilho em 18/04/2014
Reeditado em 18/04/2014
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