Quereria

Quereria eu poder apagar todas as manchas escurecidas que carrego cá comigo por todos esses dias sem fim.

Quereria esquecer tuas palavras que feriram-me e ferem a cada vez que são lembradas, e como um criança inocente se me fosse concedido esqueceria. Esqueceria que houveram tantas falhas vindas de ti.

Os dias definharam e todos aqueles desejos enegrecidos que a muito andavam adormecidos vieram a tona... Todos os "Hominis Excidium" de mim emergiram e perdi o controle. Desde então busquei o refrigério que minh'alma precisava; infelizmente sem o sucesso aguardado.

Quereria matar a inlucidez que nasceu no dia que tu viestes a mim como traidor, mas isso -esse que lhe escreve- tornou-se algo embolorado pelo tempo, findou-se.

Vejo todos sendo tão partidários enquanto sou o único apartidário dessa corja de pessoas necessitadas de um reconhecimento malévolo; pego-me triste algumas vezes, desejando apenas que tu reconheças os erros que injustamente cometeste, mas perco-me nos desejos sombrios e maquinações perversas de vingança.

Tropecei, caí... Cá estou, num emaranhado de pensamentos bons e ruins; e sendo sincero "de maioria ruim" perguntando-me o que fazer e se fazê-lo o porque de fazê-lo, mas agora... apenas silêncio vindo de dentro.

Ainda estou preso. não por correntes, mas por culpa, ódio...Preciso aquietar meu espírito pois estou fora de mim por tanto tempo que nem se quer consigo ouvir ás palavras que gritam, que emergem sem sentido e se desfazem no meio de tantos pensamentos inquietos.

Sinto falta da calmaria que 'eu' era antes de todo meu organismo ser contaminado por tuas palavras sombrias e teus sorrisos vazios, antes de ser remetido a todos meus erros e julgamentos anteriores e por este motivo lhe odeio com ainda mais fervor.

Quereria dirimir todos os sentimentos que por ti crescem a cada vez que respiro, e quereria hoje, agora, ontem... mas não posso.

que futuramente não seja tarde para ainda querer...

- Amigos Infiéis -