Não culpe as estrelas!
Nas suas lágrimas, solitariamente derramadas em nosso jardim, as lembranças vibram ao seu redor.
Seu olhar fixo no verdor da relva, não percebe a minha chegada.
A observo sorvida em enorme sentimento do qual o meu coração também partilha.
Sua aura rosada contrasta com o rubror de minhas faces que queimam ao rolar das gotas silenciosas em comunhão com as suas.
E já não sei se dou adiante um passo para tocá-la ou se permaneço no silêncio pra auscutar a sua alma que me invocou com saudade e tristeza.
Meu amor, estou tão perto de ti, mas estás fora de meu alcance.
Seu amor me toca, mas sua tristeza me mantêm imperceptível à ti.
Já lhe abracei tantas vezes com doçura e leveza.
Já lhe afaguei os cachos negros, perdendo os meus dedos neles, e encontrei seu olhar refletindo os meus, na paixão que queima e não consome.
E quantas as vezes que arrepiei sua pele como a brisa que sopra ligeira e suave...Incontáveis foram as vezes que a observei calma e desejoso, o seu despertar nas manhãs de nossas vidas.
Caminho até ti e ajoelho com o rosto ainda serenado de saudade e amor.
Beijo-lhe a destra e sussuro: te amo sempre!
Deixo as rosas eternas em seu colo e volto para onde as estrelas brilham infinitamente, onde a lua permanece testemunha de nosso amor
e cúmplice dos amantes que somos. Só ela sabe de nossas confidências, de nossas juras e de nossa inocência pura.
Laskowiski, Alecxander Christian (16/02/14)