O VÁCUO SE ENCONTRA NO FIRMAMENTO, MON CHER.

Não compreendo tal catástrofe. Sim. Uma infinita catástrofe que já não surpreende. Rubra, estranha, fétida e que aparentemente se assemelha ao furacão de saturno. Na verdade não sinto. O drama que não vivo se esconde nas marés e no cheiro salobro que elas exalam. Busco me decompor com a ventania ou com a asa quebrada da borboleta em que me abrigo. Sim. Sou sinônimo. Tais suposições que não exibam um significado ou um efeito significativo de existência. “Ser ou não ser?” A melhor resposta que se encaixe seria “ou”?

As palavras caíram no vulcão, mon cher. Elas evaporaram em segundos. Entenda-me e verás o motivo da minha insistência em escrever versos sobre quase as mesmas sintonias. Não me sobram cartas, pois o abismo se transformou em nada. Eu me encho de tudo, mas ao mesmo tempo não sou nada. Ou continuo sendo tudo? Sou o meio. Segundo Vinícius: meu tempo é quando.

Laryssa Andrade
Enviado por Laryssa Andrade em 08/03/2014
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