acidente doméstico
Carta ao Sr. Jaime e editorial
A página onze, no caderno Cidades do dia 30 de abril de 2007 trata de um assunto muito importante, evitar acidentes. Uma página inteira lembrando dos cuidados e até citando um caso recente que vitimou uma menina.
Este assunto como muitos no nosso país só vem à tona quando ocorrem acidentes graves que levaram à morte, mas a sociedade deveria discutir isto de forma mais profunda, reivindicando ações na fiscalização dos ambientes por onde todos nós um dia na vida teremos de passar.
Gostei do texto da Natalia, ela passa todas as informações, mas gostaria de acrescentar apenas alguns detalhes sobre o assunto em questão, o público do jornal O Estado é grande e variado, de forma que, do governador do nosso estado até meu vizinho desempregado, todos lerão a mesma coisa pela manhã, e a equipe do jornal da forma como o leio muitas vezes (nem todos os dias o leio),tenta chegar a todos estes leitores de forma igualitária, só que muitas vezes sinto um desconforto por um motivo simples.
Nossa população é na sua maioria de classe... bom nem vou falar de classe A,B, que este é um assunto que não entendo muito, mas veja que o povo na sua maioria é pobre. Pessoas que muitas vezes nem sabem o que é ter uma piscina em casa, no interior do estado ter uma casa com 1º andar é coisa de prefeito, médico, dono de fazenda e não de pessoas comuns, professores, taxistas, aposentados,que também lêem este jornal todos os dias, daí o desconforto.
Quando o leitor olha para a planta baixa na matéria em questão quer ver a sua realidade, quer saber como evitar esse tipo de acidente na sua casa, e quando isto não ocorre, ele se sente excluído,como se os acidentes só tivessem que ser evitados naquela realidade impressa ali no papel. Também pode acontecer do leitor querer buscar informações no espaço onde vive, procurando os pontos causadores de acidentes na sua cozinha, no seu trabalho, na sua rua e não encontrar mesmo que estes existam, apenas por falta de esclarecimento.
A questão é simples, um bom texto, uma boa imagem, mas que não retrata por exemplo, a realidade da menina que morreu no dia 25 e que é a mesma de muitos outros. Caro Vallér, seria legal mostrar os pontos da cidade onde acidentes podem ocorrer, não pedindo mudanças para os responsáveis por estes lugares, mas esperando que se pronunciem depois de ler a matéria, coisas assim que instiguem as pessoas a agir certo na hora de colocar um tapete no corredor de uma clinica, ou uma faixa de ráfia na entrada do supermercado, coisas que mudem a atitude das pessoas antes do desastre e não diante dele.
Humildemente
Tânia Gauto