A luta da “single mom”
Muitas mulheres devem passar por dificuldades maiores que as minhas, mas isso não diminui a minha dor, o meu choro, a minha luta e nem a minha coragem.
Ás vezes tenho receio de invejar a vida das amigas-magras-solteiras-felizes ou das casadas-comfilho e marido- grana, mas olho para a minha menininha e vejo que ela vale todo o sacrifício do mundo, e ainda será pouco tudo o que eu fizer por ela.
Sou professora do Estado de São Paulo, era temporária, e Graças a Deus, agora efetiva. Mas, além do salário não ser nem perto do justo, ele ainda não veio e a pior parte é que trabalho em São Paulo, mas moro no interior com meus pais e minha gatinha.
Contas a pagar não param de chegar, muitas coisas a serem feitas e poucos recursos (financeiros, psicológicos,etc) e o que mais dói é ficar dias longe do meu amorzinho, que por sorte, tem a minha mãe que cuida dela com todo cuidado e afeto.
Ainda bem que o pai dela contribui com o que ele acha justo e eu com meus malabarismos faço com que nada falte para a princesa. Sabe como é? Um bico de correção de redações, uma ajudinha do avô, a avó fazendo o meu papel de mãe, a família da minha amiga me acolhendo em SP como se eu fosse da família e amigas companheiras que de perto ou de longe não me abandonam de jeito nenhum e sempre ajudam de alguma forma ( elas são poucas, mas fiéis)
É muito duro, dói demais, extremamente longe do ideal de “normal” que sonho para minha família, mas mesmo assim, mesmo chorando muito, gastando o que não posso com ligações telefônicas e passagens de ônibus, sou muito grata a Deus, me sinto abençoada pela saúde da minha filha e pela minha vontade de dar um futuro pra ela.