Covardia
Cadê você? Sinto saudades!
Não achei que sumiria e, pra ser sincera, não achei que me incomodaria se você, algum dia, sumisse.
E não me incomodei. Mesmo.
Mas agora sinto saudade. Saudade da sua inexistência. Da sua loucura anônima.
Estou precisando da sua reciprocidade, da sua caridade. Daquela sua perversa cumplicidade. Até da sua tão insana sanidade.
Cadê você? Preciso de você.
Porque meu novelo continua enrolado, cada dia mais emaranhado e a minha covardia está cada dia pior.