Relato de um coração culpado
Relato de um coração culpado (ou ex-apaixonado? rs)
Minha dona foi dormir. Pela noite não precisa, tanto assim, de mim, então saio e vou resolver meus problemas, assim no dia seguinte
tanto ela como eu, nos sentimos melhor, embora eu esteja cada vez mais cansado.
Hoje sai pra caminhar, papear ,quem sabe, e vim parar numa página da internet. Sempre fui um coração durão, frio e sem querer me gabar, calculista. Todavia, só de faixada, nunca tive coragem de dizer a ela que sou frágil ou sensível, e também covarde, tenho medo de que abra mão de mim.
Eu sei porque conheço bem sua mente, seus pensamentos e seu maldito intelecto.
Eles são racionais demais, cruéis demais e ela os ouve demais.
Ainda me lembro de seu primeiro e, provavelmente, único amor. Naquele tempo, tudo mudou pra mim, ela e eu realmente eramos um só. Sempre me ouvia, e escrevia em versos ou prosa o que eu sussurrava em seu peito. Bons tempos...
Mas fui enganado, e o espertinho do cérebro descobriu a verdade. Desde então perdi credibilidade, por meu erro perdi a capacidade de amar. Limito-me apenas a bombear cuidadosamente seu sangue, afim de que permaneça, fisicamente, viva.
Já pensei em fugir, sabe... mas fugir só tem razão de alguém vai atrás de você, ela nunca viria... Não a culpo, sempre que tento falar com ela
e influenciar em suas atitudes estrago tudo. Fico histérico, neurótico, nem Freud me explica. Minha frustração fica aqui, seu corpo precisa de mais oxigênio agora, vou fazer meu trabalho, agora mais plácido, nada aconteceu.