O amor e o chafariz

Disseram me um dia que o amor é algo que emanamos a quem sentimos tal sentimento.

Se há emanação, analogicamente posso comparar tal sensação a um chafariz.

Liga-se quando deveras banhar o ar de umidade, inebriando e purificando o ambiente.

Fantasia a mente de transeuntes devido a seu espetáculo, levando-os a insights inspiradores.

Jorras todo o seu conteúdo para o alto como um Geiser acordado.

Mas quero chegar em você, que é a água que compõe esse chafariz.

Onde você está?

Seu conteúdo não preenche meu chafariz e a minha dor pessoal é a mesma de uma bomba ligada e em meu sistema hidráulico nada fluir.

Triste fim levou o chafariz, após secar, a bomba queimou, tornou-se desinteressante aos olhos de quem o apreciava por não mais funcionar, virou um elefante branco, sucateado e pichado além de perder sua beleza e devido a tudo isso, acabou sendo removido.

Da mesma forma ocorre com sentimentos, sem conteúdo ele definha, morre.

Uso agora a ultima gota d'água desse chafariz que um dia foi resplendoroso afim de encerrar as palavras de sentimento que tinha por você.

Te agradeço, pois aprendi muito com você, inclusive que vivemos em um mundo de satisfações pessoais, e busca inesgotável do melhor para nós. Te desejo toda sorte.

Nesse mesmo mundo prático onde vejo você não existe chafariz, e consequentemente não tens a necessidade de ter água preenchida em seu conteúdo para que possa emanar a ninguém.

Em contrapartida no meu mundo existe e sempre haverá.

E por sinal...

Lindos!

Rafael de Egidio
Enviado por Rafael de Egidio em 26/01/2014
Código do texto: T4665097
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