ESTRELAS-GUIA

Minha querida e amada,

Escrevo-te estas palavras em formas de sentimentos puros e verdadeiros, os quais eu sinto por ti.

Hoje, distante de ti, olhei através da janela do trem que corria entre as

neblinas de uma montanha bem alta (quase que igual ao nosso amor)

e observei os feixes do sol a se derramarem por entre elas e, logo, lembrei-me do brilho de teus olhos a me ofuscar a alma com tanta veneração e fascínio.

A luz da lua penetra no céu já escuro, mas as estrelas cintilam a nosso favor. Um sono, um sonho e em tudo estás tu, ó, minha deusa, minha luz nesta minha vida a me saudar em teu clarão!

Ah! Minha amada, quanta saudade se derrama nas luzes destes astros que me faz parecer que o céu vem até a mim a me embalar em venustos cânticos de tua suave voz, a qual ouço ao tilintar de cada brilho.

Guardo-te sempre em meu coração, pois estais sempre no meu, feito um céu no qual se deita entre luas e sóis sobre vastos campos floridos por cores perfumadas a presenciar a tua infinita e rara beleza.

Meu coração é teu e a minha alma, também. E, nos laços de nossa essência, viso-nos num reencontro amoroso, onde as pétalas cairão entre nossos corpos sedentos de tanto desejo.

Minha bela, meu grande amor, quando esta carta chegar até ti, espero que eu já esteja em teus braços e me aconchegando em teu colo, onde eu possa ouvir teu coração a me falar, pelas batidas, do imenso amor que me tens.

Beijos a ti, minha doce amada, a quem zelo no fundo de meu coração este eternal amor que só pulsa por ti.

Deste que atravessa os horizontes para te reencontrares em aurora de divindade e encanto,

Teu saudoso amado.

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Carta inspirada na obra de Tomás Antônio Gonzaga, Marília de Dirceo.

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Giovanni Pelluzzi

São João Del Rei, 19 de janeiro de 2014.

Giovanni Pelluzzi
Enviado por Giovanni Pelluzzi em 19/01/2014
Reeditado em 07/02/2014
Código do texto: T4655438
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