Felicidade anestesiada
Outro beijo no rosto,
Outro dia chuvoso em minha mente.
Meu corpo permanece imóvel, gelado;
Com a fria brisa cortante,
Que toca meu rosto e me sufoca;
Apenas permite ao meu coração bater,
E aos meus olhos fixarem-se em ti.
Músicas marcantes já não parecem fazer sentido algum,
Transparentes como o álcool que corre em minhas veias;
Volúveis como o ar que eu exalo.
E eu me sento, engasgada com a minha existência,
Procuro você, grito seu nome; E quando te encontro,
Só vazio, só solidão...
Não, não há lágrimas descendo por minha face hoje,
Até mesmo elas já não suportam mais cair.
Então agora eu me calo e respiro o frio intenso,
Tento sentir o teu perfume, tento te imaginar,
E o que me vem à mente são fracas lembranças;
Da felicidade vivida, porém anestesiada, esquecida;
Como todo orgulho lavado de minha alma,
Por palavras de fraqueza momentânea.
E mesmo assim suspiro meu último sussurro de amor,
Meu último rastro de esperança...
E espero você enquanto meu espírito ainda puder responder.