Gotas de sangue
Me dói, eles não se calam, rogam rumores que os descrevo imbecilidades,
mas nem se quer os entendo e, nem pretendo.
De qualquer forma não irão querer ouvir-me e nem saberiam, por isso lhe trago mais gotas;
Gotas de sangue que irão cobrir suas mãos, pois agora me falta força
para suportar o cansaço que corrói bruscamente o intruso idealizador da minha paixão, que em pavor bate repetidamente como tambores em canções ritmadas pelo passado, ao qual não voltará.
Prevejo chuvas não cessáveis, irão molhar-me como um discreto grão de areia,
me arrastando a você e lavando seu ventre ensanguentado pela à arrogância
de um peito amargurado, que teme perder o ritmo precavendo-se viver, para se manter atado aos seus braços.
Esses trovões me assustam, temo seu descontento em luz, ate-me
ao belo sol que virá, pois ele poderá levar-me a ti.
Sabemos que não irás voltar, já perdi seus beijos castos ao acordar e,
os apertos de proteção em horas como esta, de tempestades.
A chuva findará, portanto, gotas de lágrimas irão me seguir, me impondo
lembranças de um velho coração, fazendo-me protagonista do mais belo teatral,
chamado "Saudade".