A poesia em mim
 

Vivo a poesia como ela vive em mim.
Cada qual assumindo seu papel, seu status.
O dela, de me manter vivo e o meu de viver para amá-la, como forma absoluta de vida, de viver.
Vivo os paralelos de uma vida oblíqua. remo em mares de insólitas almas, onde tento, com minha poesia, resgatar oque de mais puro elas possuem, e muitas vezes nem se dão conta disso. Sou o universo preso em mim , a poesia me resgata de escuros becos de sombras, sofrimento e dor. A ela me entrego , antes ela me viola , torna manso meu sono, refrigera minha alma.
Assim, sou das palavras silenciosas prisioneiro absoluto, e nessa procura desesperada de minha identidade , perguntas se calam dentro de meu eu vazio:
Quantos anos são necessários para reconstruir um instante , o mágico e maldito instante em que nasci, ou morri pala o mundo renascendo na poesia ?
E tu , maldito canto atado em mim feito chaga foste enfim , ó rosa estéril e louca , ceifada dentre as flores , extirpada do jardim , poesia maldita e insólita que abrigas em mim minha alma demente.
E de tuas raízes cegas minguaram-se as sementes podres , a terra foste preservada de tuas chagas embriagantes, adaga tirana e fria atravessas o silêncio das horas , rasgando a carne e o coração. Rompes o peito poesia.
JAlmeida
Enviado por JAlmeida em 23/12/2013
Reeditado em 09/01/2014
Código do texto: T4623347
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