É incomensurável a dor...

È incomensurável a dor de quem perdeu alguém, o sentimento de vazio, uma sensação estranha, uma vontade de chorar, todo o momento, toda hora, pessoas se atirando em um Universo de depredação natural, pessoas se desmontando... Peça por peça. Acordando no meio da noite com algo lhe apertando o peito, sem saber o que fazer e lhe perguntando o por quê? Neste processo as reações e sensações misturam-se de forma tão complexa que o ódio passa fazer parte do cenário de seus sentimentos. A descrença no ser humano como ser individual e afirmações como “os homens são todos iguais” As mulheres são todas iguais” “Quanto mais conheço os seres humanos mais admiro o meu cachorro” e outras tantas acabam sendo demonstrações destes sentimentos limitadores.

Neste processo de resgate de sua identidade onde a maioria de seus sonhos de encontrar o seu “grande amor”, O seu “príncipe encantado” deixa de ser uma história contada em livros e o “felizes para sempre” deixa de ser o final onde a continuação sempre nos arremete para a eterna felicidade aquela em que não se pensa que as princesas mudarão sua anatomia, mudarão suas necessidades emocionais e materiais e que os príncipes, salvadores que chegam montados em seus cavalos brancos e salvam a princesa de seus inimigos ou do “dragão da solidão” mostram que na grande maioria nunca deixaram de serem “sapos”.

Por mais dolorido que seja perder um grande amor é importante para que entendamos que este tipo de caos, este tipo de sofrimento nos projeta para a realidade de forma definitiva onde muitos aspectos precisam ser levados mais a sério, o repeito para com o seu corpo, seus sentimentos, a sua liberdade, seus valores, a busca pelo autoconhecimento, entender sim que todos nós somos limitados e que também oferecemos coisas ruins a outras

pessoas e que não existe só um lado culpado. Procurar se auto conhecer é o melhor caminho para poder ver o que está oferecendo para outras pessoas e em contra partida entender o que realmente a outra pessoa está te oferecendo.

Ter o total controle de seus sentimentos e emoções é utopia, mas existem sim certas situações em que podemos mais ou menos mapear tanto nossos sentimentos como avaliar a profundidade dos sentimentos oferecidos.

Mas o importante é entendermos que algumas pessoas após sofrerem alguma decepção acabam ficando em relacionamentos mais por comodidade material ou emocional, ou de forma ou de outra se anulam, algumas pessoas acabam não superando completamente o que lhes aconteceu, que mudam suas características e preferem ceder em muitas coisas que cedo ou tarde ( pois faz parte de sua natureza livre) acabam vivendo em relacionamento que não a deixa serem felizes por completo.