Quando eu morrer

Eu pensava sobre a vida a existência, sobre a fragilidade do corpo físico, lembrava das minhas dores do meu sangue vermelho escuro, lembrei, lembrei do primeiro beijo, lembrei dos meus amigos, de todos que decepcionei, daqueles que me decepcionaram, lembrei das traições e de entender o ditado (homem não morre mocho), lembrei da primeira vez que perdi parentes e amigos para a morte, lembrei das vezes que fui assaltado, das vezes que apanhei, dos livros de escola, lembrei das religiões e seitas que conheci, os gostos estranhos do que tive que provar, lembrei dos aromas que já senti, dos foras que tomei, que tive que reaprender a beijar, hehe, lembrei de tudo isso, e lembrei de que acreditava em mudar o mundo, e que eu sempre fui uma criança, pensei que após algumas décadas ainda sou um menino, acredito que talvez eu não faça nem metade do que sonhei, acredito que eu possa morrer de um acidente, forma natural ou fatalidade, mas a verdade é que toda vez que vejo uma criança ou idoso sofrendo, eu morro e me da vontade de chorar por ver a limitação, e toda a vez que vejo alguém com câncer ou uma doença mortal eu sofro por não poder fazer nada, ainda não aprendi a lidar com a limitação. Eu morro ao ver os animais feridos, ao ver mendigos ou viciados, eu morro por ver sofrer meu semelhante. Quando o sopro de vida deixar meu corpo quero registrar aqui 02.11.2013 23:19 horário de Brasília - Brasil. Não teve um só dia que deixei de procurar a alma gêmea e acreditar no amor, busquei união com meus irmãos e tive força e honra até o ultimo suspiro

Neo Ertsem
Enviado por Neo Ertsem em 06/11/2013
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