Amar é combater
O amor acaba, acaba sempre, há dias que ele sobrevive e outros tantos que se esvai. Num dia de sol, em toques estranhos, com a cabeça no travesseiro, ele acaba.
E a gente vai desistindo, não queremos conversar sobre aquele pé que esbarra e não acaricia por medo de tornar a relação ainda mais pesada e fica tudo pela metade e se aniquila. Damos segundas chances sem nos entregarmos por inteiro, só pra nos livrarmos de alguma culpa futura, acabamos com tudo e voltamos, parecendo que o tempo separado resolveu tudo e não que houve mais distância e mais dúvidas, enfim, desistimos, e bem fácil dos amores a primeira vista, segunda, terceira ou aqueles que nos apareceram em sonhos, profetizados em uma tatuagem. Isso fruto de uma fome demasiada de comerciais de margarina, de estar perdendo algo, semelhante quando não vamos em alguma festa e ficamos pensando em quem não iremos ver, o que não faremos e nos padecemos inertes, ali, vivendo em pensamento e não existindo na escolha feita.
As relações são construídas de altos e baixos, há crises que talvez durem algum tempo, há promessas de mudanças que talvez não ocorram de um dia para o outro, é preciso tempo e deixar de lado aquela mania de nos apegarmos mais aos maus bocados do que apreciar o simples dos bons momentos, é preciso lutar com, mas, sobretudo, com-tra seu companheiro.