Você sempre sabia
"Você não pode ler essa carta porque tenho medo do que pode acontecer. Tenho medo que você se esqueça da nossa última conversa.
Sua maior habilidade sempre foi a de me entender e saber como me curar.
Eu mesma nunca consegui, e continuo não conseguindo, entender o que estou sentindo, do que estou precisando, qual o remédio necessário.
Logo eu que sempre quis ser independente e autossuficiente...
Agora me lembro como era bom quando você aparecia do nada quando percebia pela minha voz no telefone, pelas palavras que eu usava em um e-mail, ou em um SMS, ou até mesmo no meu silêncio, que eu não estava bem.
Você sempre sabia!
E sabia se eu só precisava de um abraço silencioso e protetor, se precisava que você risse da minha cara, se precisava sair sem rumo, se precisava só ficar ouvindo sua voz sem escutar o que você dizia, se precisava deitar com a cabeça no seu peito e ficar ouvindo nossas músicas enquanto você me fazia cafuné, se eu precisava de uma taça de vinho, enfim, você sempre sabia o que fazer comigo."
E acho que:
Você ainda deve saber