Pingos de sal
É desesperador.
Ao redor casais felizes, fazendo coisas bobas, simples, e românticas, e eu no oceano dos pensamentos, perdido, sozinho.
Aí de todas as maneiras tento encontrar aquela pessoa, fantasiando que será como nos filmes, esbarrando em um desconhecido na rua, trocando olhares, telefone...
Cada encontro marcado, uma expectativa criada, uma decepção certeira.
Será que Deus esqueceu da minha metade?
Ironia seria se meu coração romântico que insiste em escrever versos sobre amor, estivesse sentenciado a solidão.
Me pergunto se estou sendo exigente demais, mas só quero alguém normal, exigência demais seria querer o mister mundo, inteligente, romântico e cheiroso (risos).
Manter a integridade e não matar o ideal de quem sou eu na procura desvairada pelo amor.
Procuro as respostas enquanto me firo por dentro, ainda há vida em mim?
É tanta dor que chega anestesiar as sensações... O tempo não para, sem piedade passa como relâmpagos em tempestades de verão, chove, chove, chove... A chuva doce se mistura com os pingos de sal.