O que faltou
O que doía não era a sua ausência física, mas sim a emocional. Eram doloridas as palavras que deixamos de dizer um ao outro nos reencontros, nas ligações e nas mensagens de madrugada. Talvez, o medo da rejeição tenha deixado preso em nós as palavras de afeto, ou quem sabe, o medo de parecermos piegas.
Compartilhamos risos, alegrias, piadas, beliscões, cócegas e ofensas, mas faltou partilharmos um pouco de lágrimas, segredos, medos e ternura. Mas ainda penso que deveria tê-lo imprensado na parede e arrancado as palavras que gostaria de ter ouvido de ti e com isso poder me sentir confiante para falar de mim e dos meus sentimentos.
Não te reconheço mais e nem você a mim, continuamos nos estranhando e mesmo assim, nos querendo bem. Sei que é egoísmo da minha parte, todavia gostaria que você dissesse que precisa de mim, dos meus cuidados, dos meus carinhos e dos meus abraços. Não quero te afastar das pessoas que você ama, eu apenas quero ser uma delas.