O que faltou

O que doía não era a sua ausência física, mas sim a emocional. Eram doloridas as palavras que deixamos de dizer um ao outro nos reencontros, nas ligações e nas mensagens de madrugada. Talvez, o medo da rejeição tenha deixado preso em nós as palavras de afeto, ou quem sabe, o medo de parecermos piegas.

Compartilhamos risos, alegrias, piadas, beliscões, cócegas e ofensas, mas faltou partilharmos um pouco de lágrimas, segredos, medos e ternura. Mas ainda penso que deveria tê-lo imprensado na parede e arrancado as palavras que gostaria de ter ouvido de ti e com isso poder me sentir confiante para falar de mim e dos meus sentimentos.

Não te reconheço mais e nem você a mim, continuamos nos estranhando e mesmo assim, nos querendo bem. Sei que é egoísmo da minha parte, todavia gostaria que você dissesse que precisa de mim, dos meus cuidados, dos meus carinhos e dos meus abraços. Não quero te afastar das pessoas que você ama, eu apenas quero ser uma delas.

NANA OLIVER
Enviado por NANA OLIVER em 17/10/2013
Reeditado em 21/10/2013
Código do texto: T4529974
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