Carta de despedida... Perdão...

Com palavras hoje te peço perdão. Perdão pelas palavras que eu não contive. Por aquelas que eu soltei num momento de desespero sem antes ponderá-las.

Perdão... Perdão.

Hoje me sinto tão angustiada e me culpo por tê-las usado. Queria dizer: Ame-me. Apenas isso, mas falava outras coisas. Era a sensação de não ser amada, valorizada, quista, desejada que me fazia dizer palavras tão duras. Palavras essas que mataram sua admiração por mim. Palavras essas que feriram seu coração. Perdão. Enquanto você me machucava com ações, eu me sentindo impotente me defendia com as tais palavras.

Mas você sabe, eu também... Esse foi meu único pecado. Tenho tantas outras qualidades. Mas as palavras fizeram você esquecer-se de todas elas. As palavras... Armas tão poderosas quanto as suas ações.

Hoje estamos longe. Você me abandonou tantas vezes em que precisei de ti. Em que eu precisei de um abraço, de um olhar, de um beijo, de uma companhia sincera. Sentia-me um estorvo em sua vida. Meu olhar feminino percebia que tu não gostavas de ficar ao meu lado, de voltar para a casa num dia inteiro de trabalho. Preferia estar com os amigos a estar comigo. E isso me fazia sentir tão pequena, tão insignificante.

E usava as palavras para tentar sanar esse sentimento horrível de inferioridade.

Você machucou meu coração. Mas eu machuquei o seu também. Por isso peço: Perdão. Perdão. Perdão.

Poderíamos ter sido felizes se você tivesse me amado. Se eu não tivesse te ofendido. Você matou em mim a admiração por você. Eu matei em você a admiração por mim. E não há como ressuscitá-la. Perdão.

Sigo meu caminho, com pena. Pena de nós dois por não termos lutado a tempo. Por não termos percebido ambos os erros antes. Poderíamos ser felizes juntos. Mas o passado já está feito e não pode ser mudado.

Adeus.

Thaís Falleiros
Enviado por Thaís Falleiros em 09/10/2013
Código do texto: T4517426
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.