Meu bem, meu bem querer
Faz um tempo que não me deparo com um documento em branco de modo que não seja pra falar sobre as ideias de alguém, pra dar opinião sobre as ideias de alguém, sinto falta de começar a escrever do nada e “por nada”. Tinha esquecido o quanto isso liberta, o quanto isso faz bem. Minha alma tem transbordado, horas de amor, horas de uma tristeza imensa que engole meu coração e que me dificulta ver o fim. Meu bem, isso não é sobre a falta de você, mas sim sobre as consequências de sua presença. To aqui, em frente um computador com milhões de utilidades, mas por que ainda falta alguma coisa? São tantos “computadores românticos”, mas e o amor? Por favor, me explica o que é isso que eu tento salvar, o que é isso que eu tanto busco, que perfeição é essa que eu acredito que exista?
Esse tempo que não passa, pra quê tanto tempo? Pra quê tanta dor acumulada? Eu tenho feito de tudo, tudo, mas tudo pra poder ir atrás de você, mas faz tempo, o tempo não passou devagar, você não me esperou, nem eu a ti, mas quem mencionou esperar quando tudo estava no fim? Acabou, e já faz tempo que acabou e eu continuo a escrever sobre e pra você. Sabe, algumas vezes eu sinto isso indo embora, vejo pela janela esse amor dando tchau, mas eu não entendo como de repente ele revive, pula dentro de mim,não sei se ele sabe, mas isso não é mais alegre, não é mais uma coisa boa. Você se foi, não sei pra onde e a parte de mim que ainda tem o mínimo de vergonha na cara não quer saber. Meu bem, eu sinto muito, sinto muito por minha covardia, minha covardia de mais uma vez escrever coisas que você nunca vai ler.