Livre Amor
Hoje resolvi olhar para o passado (mais uma vez). E me surpreendi. Pela primeira vez em tantos anos depois que te conheci, não reconheci nele alguma dor. Você me provocou tanta, não é? Quantas e quantas vezes você me feriu? Por quantas vezes sangrei por tua causa? Já perdi as contas. Em quantas delas você realmente se importou comigo? Acredito que nenhuma. Mas em meio às lembranças que iam surgindo, nasceu também um sorriso. De satisfação. Do sentimento de dever cumprido. Amei você mais do que eu podia, muito menos do que você merecia. Em troca o que eu recebi? Sinceramente, vejo que ganhei um coração mais forte. Que mesmo após "perder" - será que essa palavra realmente é a mais propícia para me referir a você? - quem tanto acreditava se tratar do amor de sua vida, agora consegue sorrir, seguir adiante. Sabe o que é o mais irônico? É provável que não. Mas eu sei! Talvez você jamais volte a ser amado por alguém como um dia já foi amado por mim. Por diversas vezes afirmei que também não voltaria a amar alguém como um dia eu te amei, como eu ainda te amo; mesmo após tanto tempo, mesmo depois de tanta indiferença. Esse talvez tenha sido o maior dos meus equívocos. O que me diferencia de você é que eu tenho um coração nobre, desinteressado e vivo! E que pode sim amar quantas vezes forem necessárias. Sabe o porquê? Porque simplesmente é o amor quem ainda me mantém aqui. Que felizmente e finalmente, não te pertence como um dia já pertenceu.