Ao passar em revista todo esse tempo ao seu lado eu concluo, sem a menor sombra de dúvida, que você foi o que de melhor poderia ter me acontecido. E ao recordar o momento em que nossos destinos se cruzaram, vejo como a sorte me acompanhou desde o primeiro momento, pois, se não fosse aquele instante, talvez cada um de nós teria seguido o seu caminho e hoje seríamos apenas conhecidos ou meros amigos. Mas o acaso, ou quiça o destino, deu sua mãozinha e aqui estamos eu e você, compartilhando cada momento de nossa existência e vivendo as mais diferentes experiências. O tempo, o conhecimento mais profundo da personalidade, dos gostos, das manias e até mesmo dos defeitos de cada um de nós nos permite concluir que, apesar da complexidade das relações humanas, conseguimos lidar com isso de forma irrepreensível e não deixar que coisas pequenas e sem a menor importância venham afetar o respeito, o sentimento de companheirismo, o desejo e o amor que temos um pelo outro. Vez ou outra eu me questiono – principalmente ao saber que um conhecido vem enfrentando problemas no relacionamento conjugal – como conseguimos tão facilmente passar evitar tudo isso e chegar onde a confiança, a liberdade e respeito mutuo atingiu um ponto tão elevado que fazemos parta de uma raridade, dessa onde o ciúme, a desconfiança e a posse não faz parte da gente. Por que nós conseguimos e a maioria dos casais não conseguem viver à margem disso? Talvez porque nem eu e nem você tenha visto o outro como uma posse, como um objeto que é seu. Sabemos que muitas pessoas têm por seus companheiros um desejo possessivo que lhes sufoca a liberdade, a individualidade e até mesmo o “eu”, transformando-os numa espécie de escravo, onde o relacionamento dir-se-ia uma prisão, na qual o sufocamento acaba sufocando principalmente o amor. E quantas vezes não falamos sobre isso de forma reprovativa? Justamente porque isso nos parece tão absurdo e incompatível com o que entendemos por AMOR que não nos deixamos seduzir por essas quimeras. E após esses anos compartilhando todos os momentos de nossa existência, como essa data tão especial para ti, já que foi exatamente nesse dia que você nasceu e de certa forma deu o primeiro passo em minha direção, eu me sinto um ser ainda mais privilegiado, alguém que, por sorte ou por ter feito as escolhas certas no momento certo, vive um momento ímpar e senão de plena felicidade – já que a felicidade plena é impossível em se tratando do ser humano, devido às suas próprias contradições e a um “eu” que na verdade nunca pode ser totalmente satisfeito – pelo menos de uma felicidade que supera em muito àquilo que se poderia chamar de infelicidade ou vida sem sentido. Até porque, não há como não admitir que você me dá um sentido todo especial à vida. E é por isso que, apesar de todos esses anos ao teu lado, ainda posso te dizer, sem que seja da boca para fora e com o intuito de te agradar, que TE AMO! E com a mesma certeza que me acompanha todos esses anos, também posso afirmar-te: NÃO SÓ TE AMO, COMO TAMBÉM CONTINUO QUERENDO PASSAR O RESTO DA MINHA VIDA AO SEU LADO, MEU AMOR.
LEIA MAIS EM: http://edmarguedes.blogspot.com.br/