Paradoxo
Minha febre fala por mim.
Estou forte e firme. Vice-versa.
Mas e ela? Qual o motivo dela estar aqui?
O corpo em brasas.
Perturbada e melancólica.
Eufórica e quieta.
Gostaria de ter a sensação que faço a coisa certa.
Me olho no espelho e vejo erros, escondidos, os poucos acertos.
É demais sentir só uma emoção de cada vez?
E essa febre que não cede...
O sorriso que vez ou outra insiste em dizer “olá”.
Hoje quero parar de pensar.
Mas como?
Quero que essa bendita febre fale o que eu não consigo falar.