O poeta por dentro
Um ponto branco em uma imensidão escura. Um ponto de loucura ou lucidez? Ou simplesmente uma realidade afirmada, mas incompreendida. Não basta voltar para o lugar ou simplesmente trancar as portas do medo, é preciso mais do que isso é necessário que as respostas certas sejam ditas e escolhidas, e elas me cercam o tempo todo me ditam o sim e o não. O vento não ressoa à toa em uma partitura, não fecho os olhos para a verdade à toa, eu apenas quero que seja verdadeiro e não tudo uma máscara um faz de conta. Sabe o tempo é um grande amigo, então vale a pena esperar por ele vale a pena tirar aquilo que me sufoca e me aflige por dentro, aquilo que coroe as minhas noites solitárias e minhas palavras agonizantes. E em uma noite fria é possível enxergar a esperança que flui como um cata-vento que ressoa o som das respostas estampadas neste quarto cercado de paredes que culpam e julgam. Mas a alegria logo vem e o som das estrelas e o sorriso do luar dizendo que eu não estou sozinho, que as cordas do violão sempre estarão comigo independente do que aconteça, a composição da minha vida será surpreendente com altos e baixos, uma música que precisa de calma e paciência para entender o real significado. São poucos o que poderão apreciar pois a complexidade das letras não é para todos, uma mente bagunçada mas com cada coisa no lugar, eu não sou para muitos apenas para um, o tempo, o tempo de esperar, cuidar e escupir, escupir o silêncio do hoje, o da minha vida. Um suspiro de realidade é quebrado, e por quê? Não sei, simplesmente sei, talvez devido eu está nos braços do fora, está mais lúcido do que nunca e do que todos, devido eu saber o que se passa no meu peito, nessa imensidão de fiozinhos interligados chamado mente, chamado eu.