Ecoado por dor
Machucado estive quando não lhe tive por perto,
perdido, tão quão meu peito de ti.
Ao escurecer restavam-me os clamados da fé,
mas essa, eu nunca tive.
O céu parecia-me tão belo quanto hoje, no entanto,
não o suficiente para fazer-me sorrir.
Me transcrevia em lágrimas, tais quais faziam de mim
apenas eco, ecoado por dor.
E lá estavas, sobre o espaço das dunas,
entre meus vastos pensamentos, para invadir-me.
O sol tornou-se brando e meus olhos
mais vivos pulsaram, o quanto um dito coração
reabastecido de amor.
Encontrei-me, até o ponto de partida
que partira meu peito.
E a dor, voltara com mais intensidade.
Culpar-lhe-ei, céu!
Por não transformares em estrela.
Desculpar-lhe-ei estrelas,
Por brilhares mais do que devera.
Sofrerei por não ter nascido para sorrir,
Mas sorrirei por ter tido o amor
que sonhei.